quarta-feira, 16 de abril de 2008

O Alentejano e o Gato...


Um alentejano queria livrar-se de um gato.


Levou-o até uma esquina distante e voltou para a casa.


Quando chegou à casa, o gato já lá estava.


Levou-o novamente, agora para mais longe.


No regresso, encontrou gato novamente em casa.


Fez isso mais umas três vezes e o gato voltava sempre para casa.


Furioso, pensou:


"Vou lixar este gato!" Pôs-lhe uma venda nos olhos, amarrou-o, meteu-o num saco opaco colocou-o na mala do carro. Subiu à serra mais distante, entrou e saiu de diversas estradinhas.


Deu mil voltas.. e acabou por soltar o gato no meio do mato. Passados dois dias, o alentejano liga para casa pelo telemóvel...


- Tá, Maria, o gato já chegou?


- Chegou ontem...


- Ainda bem, deixa-me falar com ele porque eu estou perdido.

Salário dos Portugueses


Salário Cebola: olhas para ele e pões-te a chorar.


Salário Canalha: não te ajuda em nada, só te faz sofrer, mas não podes viver sem ele.


Salário Dietético: Faz com que comas cada vez menos.


Salário Ateu: Até duvidas da sua existência.


Salário Mágico: Fazes um par de movimentos e ....desaparece.


Salário Tempestade: Suspeitas quando vai vir....... mas não quanto vai durar.


Salário Humor negro: Ris para não chorar.


Salário Preservativo: Corta-te a respiração e tira-te a vontade.


Salário Impotente: Quando + precisas dele abandona-te.


Salário Menstruação: Vem uma vez por mês e dura 3 ou 4 dias.


Salário Ejaculação Precoce: Logo que entra, acabou-se.

Os 10 Mandamentos do Preguiçoso


1 - Viva para descansar.


2 - Ame a sua cama, ela é o seu templo.


3 - Se vir alguém a descansar, ajude-o.


4 - Descanse de dia para poder dormir á noite.


5 - O trabalho é sagrado, não toque nele.


6 - Nunca faça amanhã, o que pode fazer depois de amanhã.


7 - Trabalhe o menos possível; o que tiver para ser feito, deixe que outra pessoa faça.


8 - Calma, nunca ninguém morreu por descansar.


9 - Quando sentir desejo de trabalhar, sente-se e espere que ele passe.


10 - Não se esqueça, trabalho é saúde. Deixe o seu para os doentes.

Curiosidades sobre a Vila de Óbidos


Resumo Histórico


Pela sua excelente localização junto ao mar e com os braços da Lagoa chegaram ao morro, estas terras desde sempre foram habitadas, o que se confirma pela estação do Paleolítico Inferior do Outeiro da Assenta. Aqui se formou um castro Celtibero, voltado a poente. Sabe-se que aqui comerciaram os fenícios, e hoje com mais propriedade que os Romanos aqui se estabeleceram, sendo provável que a torre sul do Facho, tenha tido a sua origem numa torre de atalaia de construção romana, como posto avançada da cidade de Eburobrittium, grande urbe urbana encontrada e em fase de trabalho arqueológicos.


Em 11 de Janeiro 1148, o primeiro rei, D. Afonso Henriques, apoiado por Gonçalo Mendes da Maia, tomou Óbidos aos árabes, após o cerco de Novembro anterior. O cruzeiro da memoria é um singelo monumento da época, mais tarde restaurado. Óbidos pertenceu ao pentágono defensivo (dos cinco castelos), do centro do reino, idealizado pelos Templários.


Com a oferta de Óbidos como prenda de casamento de D. Dinis a sua esposa D. Isabel, a Vila ficou pertença da Casa das Rainhas, só extinta em 1834, e por aqui passaram a maioria das rainhas de Portugal, deixando grandes benefícios. D. Catarina manda construir o aqueduto e chafarizes. A reforma administrativa de D. Manuel I dá a Óbidos em 1513 novo Foral, sendo esta época muito intensa em requalificações urbanas.


O terramoto de 1755 fez sentir-se com intensidade na Vila, derrubando partes da muralha, alguns templos e edifícios, alterando na construção, alguns templos e edifícios, alterando na construção, alguns aspectos do traçado e do casco árabe e medieval. Também Óbidos foi palco das lutas da Guerra Peninsular, tendo aqui sido a grande batalha da Roliça, que no tempo pertencia ao “termo” de Óbidos.


Mais recentemente a Vila foi palco da reunião preparatória da Revolta do 25 de Abril, ficando assim ligada ao corajoso e heróico movimento dos capitães.

Igreja de São João Baptista


A sua origem remonta a 1309 quando a Rainha Santa Isabel constrói neste lugar, outrora afastado da Vila, uma gafaria ou leprosaria com uma capela dedicada a São Vicente.
Contudo, a configuração que ainda hoje apresenta resulta em grande parte das obras sofridas ao longo do século XVI, após a integração dos seus bens na Santa Casa da Misericórdia de Óbidos, então fundada: nave única e capela-mor coberta por abóbada de nervuras ogivais, ostentando no fecho central a Cruz de Cristo. A comunicação entre a igreja e a gafaria seria feita através de uma galilé, cujos arcos se detectam no interior. Em meados do mesmo século, sob o reinado de D. João III, novas obras são realizadas. De facto, sabe-se que entre 1530 e 1550 a nave é ampliada, fechando-se a galilé, e no exterior são colocados contrafortes e um novo portal de gosto clássico. É ainda instalado um retábulo da oficina de Garcia Fernandes de cerca de 1540-1550, composto por sete tábuas com cenas do Martírio de São Vicente, hoje no Museu Municipal.


Em 1636 transita para esta igreja a sede da paróquia de São João Baptista do Mocharro, até aí sediada na igreja do mesmo nome localizada fora das muralhas, facto que terá dado origem a novos trabalhos de remodelação, como a pintura da abóbada da capela-mor com motivos de brutesco policromos. O terramoto de 1755 terá afectado também o templo, correspondendo a esse período a torre sineira e o actual retábulo da capela-mor, de talha rococó com uma tela representando São João Baptista.

Castelo


Atribui-se ao Castelo de Óbidos origem romana, provavelmente assente num castro. Foi posteriormente fortificação sob o domínio árabe. Depois de conquistado pelos cristãos (1148) foi várias vezes reparado e ampliado. No reinado de D. Manuel I, o seu alcaide manda construir um paço e alterar algumas partes do castelo. No Paço dos Alcaides salientam-se as janelas de belo recorte manuelino abertas para o interior do pátio. São ainda do seu tempo a chaminé existente na sala principal e o portal encimado pelas armas reais e da família Noronha, ladeado por duas esferas armilares. O Paço sofreu fortes danos com o terramoto de 1755. No século XX estava em total ruína tendo sido recuperado para instalar a Pousada (a primeira pousada do Estado em edifício histórico).

Porta da Vila


Entrada principal da Vila, é encimada pela inscrição - «A Virgem Nossa Senhora foi concebida sem pecado original» - mandada colocar pelo Rei D. João IV, em agradecimento pela protecção da Padroeira aquando da Restauração da Independência em 1640. No seu interior encontra-se a capela-oratório de Nossa Senhora da Piedade, Padroeira da Vila, com varandim barroco e azulejos azuis e brancos (c.1740-1750) com motivos alegóricos à Paixão de Cristo, representando a Agonia de Jesus no Horto e a Prisão de Jesus.

Porta do Vale ou Senhora da Graça


Porta de acesso à Vila pelo lado nascente, tem no seu interior uma capela-oratório dedicada a Nossa Senhora da Graça, no local onde já deveria existir um nicho com uma imagem que a tradição diz ter sido oferecida em acção de graças após o cerco de 1246 (na contenda entre D. Sancho II e D. Afonso III). Esta capela-oratório foi reformada em 1727, por iniciativa de um magistrado da Índia, Bernardo de Palma, em cumprimento de uma promessa de sua filha, que morreu de amores contrariados por um jovem obidense, transformando-se então o torreão num verdadeiro templo, com capela-mor, retábulo, coro, tribuna e sacristia, em que a nave não é mais do que a passagem da rua pelo seu interior

Rua Direita - Rua Principal


Conhecida com esta designação já no séc. XIV, liga a porta da Vila ao Paço dos Alcaides. Nos séculos XVI e XVII a rua Direita sofreu importantes transformações, ficando ocultados alguns dos antigos portais góticos das casas.

Igreja de São Pedro


De fundação Medieval, da sua construção inicial conserva apenas os vestígios do antigo portal gótico na fachada. Foi reformada na segunda metade do século XVI, como outras igrejas da Vila, de que subsistem o portal principal classicizante, a capela baptismal à entrada do lado do Evangelho, coberta por uma pequena cúpula reticulada assente sobre trompas concheadas, e a escada helicoidal da torre sineira. Muito afectada pelo terramoto de 1755, destaca-se no seu interior, de nave única, o magnífico retábulo barroco de talha dourada do período joanino. A antiga pintura da tribuna do retábulo - S. Pedroa receber de Cristo as chaves do Céu - de finais do século XVII ou princípios do XVIII (Sérgio Gorjão, 2000), encontra-se actualmente na parede do lado da Epístola. Nesta igreja foi sepultada a pintora Josefa de Óbidos (1630-1684) e o Padre Francisco Rafael da Silveira Malhão (1794-1860), este com lápide evocativa na capela-mor.


Capela de São Martinho


Capela funerária familiar, situa-se defronte da Igreja de São Pedro. Foi instituída em 1331 pelo Padre Pêro Fernandes, beneficiado da Sé de Lisboa. Na frontaria, rematada por cachorrada, destaca-se o pórtico ogival de três arquivoltas assentes sobre colunas de capitéis vegetalistas e encimado por uma inscrição gótica. No interior, coberto por abóbada nervada, encontram-se três túmulos em arcossólios ogivais, apresentando um deles uma espada esculpida. No exterior conservam-se ainda dois túmulos medievais, sendo o da direita armoriado com cinco escudos representando as armas das famílias Pó, Nóbrega ou Aragão (?) e Portugal (Quinas
Igreja de Santa Maria


Igreja matriz, localizada na praça do mesmo nome, é o principal templo de Óbidos. Embora a tradição faça remontar a sua fundação ao período visigótico, transformada em mesquita no período muçulmano e novamente sagrada por D. Afonso Henriques logo após a conquista da Vila em 1148, o facto de se encontrar fora da primitiva cerca muralhada parece contrariar esta hipótese. Não se conhecendo a data exacta da fundação, é um facto que o priorado da nova igreja foi entregue a S. Teotónio, companheiro de D. Afonso Henriques, grande figura da Igreja e prior do poderoso Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, que teve o padroado da Igreja de Santa Maria até D. João III o ter doado a sua mulher, a Rainha D. Catarina de Áustria. Foi também sede de uma colegiada (comunidade formada por prior e oito beneficiados), suprimida pela legislação liberal em meados do século XIX.


O templo medieval foi profundamente reformado pela Rainha D. Leonor em finais do século XV, arrastando-se as obras pelo primeiro quartel do século XVI. Data desta campanha a torre sineira, adossada à fachada e coberta por coruchéu piramidal de oitavado.


Atingida certamente pelo terramoto de 1535, cerca de 1570 ameaçava ruína, pelo que é imediatamente pensada a sua completa reconstrução. Assim, no dia 15 de Agosto de 1571, dia da Assunção de Nossa Senhora, foi lançada a primeira pedra da nova igreja, com procissão e grande aparato religioso, prosseguindo as obras sob a protecção da Rainha D. Catarina e do Prior D. Rodrigo Sanches, clérigo espanhol, esmoler-mor da Rainha e figura de grande prestígio na corte de Carlos V. Desta campanha resulta a sua configuração actual, com provável risco do arquitecto régio António Rodrigues (Pedro Flor, 2002). Cerca de um século depois, sofre novas obras de beneficiação, por iniciativa do Prior Doutor Francisco de Azevedo Caminha, que redecora a igreja através de um programa artístico de gosto barroco - tecto, azulejos e telas das naves.


Pelourinho e Telheiro


Telheiro - Situado na Praça de Santa Maria, junto ao pelourinho, serviu de mercado da Vila até ao início do século XX.Pelourinho - Coluna de pedra, símbolo do poder Municipal, apresenta as armas reais e o camaroeiro símbolo da Rainha D. Leonor. Encontra-se por cima do chafariz da Praça de Santa Maria, mas deverá ter estado frente à Casa da Câmara (antigamente junto à Igreja de Santa Maria).

Igreja de São Tiago


Mandada construir por D. Sancho I, em 1186, possuía originalmente três naves com a entrada principal virada a poente, comunicando assim directamente com o interior do castelo. Era a igreja de uso da Família Real aquando das suas estadas em Óbidos, sendo enriquecida ao longo dos séculos com numerosas obras de arte, de que se destacava a Galeria da Rainha, obra de talha gótica. A igreja foi totalmente destruída pelo terramoto de 1755 e reconstruída em 1772, com a fachada alinhada com a Rua Direita e cabeceira voltada a norte. Tinha no retábulo do altar-mor uma pintura representando São Tiago Maior, tábua maneirista de autor desconhecido da segunda metade do séc. XVI – Luís de Morales? (Sérgio Gorjão, 2000) - que terá feito parte do primitivo retábulo, hoje no Museu Municipal.

Ermida de Nossa Senhora do Carmo


Situada fora de portas, na encosta do lado poente, a sua origem perde-se no tempo. A tradição afirma ter sido um templo romano dedicado a Júpiter, havendo a memória de terem existido nesta igreja várias lápides com inscrições romanas. Foi sede da paróquia de São João Baptista (do Mocharro) até 1636, altura em que se transferiu para a antiga capela de São Vicente dos Gafos na entrada sul da Vila, ficando a partir dessa data com a invocação de Nossa Senhora do Carmo. Foi também muito afectada pelo terramoto de 1755, resultando a sua feição actual das obras de reintegração que sofreu em meados do século XX, por acção da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. A antiga imagem do orago, São João Baptista, é uma notável escultura de meados do século XV de provável origem coimbrã, encontrando-se hoje no Museu Municipal. No exterior, junto à cabeceira, ergue-se o campanário medieval.

Ermida de Nossa Senhora de Monserrate (Ordem Terceira)


Situada no Arrabalde, é um pequeno templo com um portal barroco, encimado pelas armas franciscanas. O interior, de uma só nave e capela-mor coberta por cúpula, destaca-se pelo seu revestimento azulejar da primeira metade do século XVII. Nas paredes laterais apresenta, na parte inferior, azulejos azuis e brancos enxaquetados e, na parte superior, uma composição com azulejos azuis e amarelos. Os azulejos que envolvem o arco triunfal e os que revestem a capela-mor são de padrão policromo. O retábulo, pintado por Belchior de Matos (c. 1600) representa São João em Patmos e outros santos ligados à ordem franciscana.


Aqueduto


Mandado construir pela Rainha D. Catarina de Áustria, mulher de D. João III, tem 3 km de comprimento. A Rainha custeou integralmente a sua construção, recebendo em troca a várzea, que passou a ser conhecida como Várzea da Rainha.

Santuário do Senhor Jesus da Pedra


Fora da Vila, na estrada para as Caldas da Rainha, ergue-se o Santuário do Senhor da Pedra, templo inaugurado em 1747. O risco da obra é de autoria do Arq. Capitão Rodrigo Franco (da Mitra Patriarcal) e tem a particularidade de articular um volume cilíndrico (exterior) com um polígono hexagonal (interior), em planta centrada à qual se anexam três corpos (dois correspondentes às torres e outro que corresponde à sacristia). No seu programa de simetrias destaca-se o jogo de janelas invertidas. O seu interior apresenta três capelas: a capela-mor dedicada ao Calvário, com uma tela de André Gonçalves, e as capelas laterais dedicadas a Nossa Senhora da Conceição e à Morte de São José, com telas de José da Costa Negreiros. A "estranha" imagem de pedra de Cristo Crucificado, em maquineta própria no Altar-Mor, esteve até à inauguração do Santuário recolhida numa pequena ermida junto à estrada para Caldas da Rainha onde era objecto de grande devoção, nomeadamente do Rei D. João V.


Fonte: Site da Camara Municipal

Biografia: Dulce Pontes


Nascida no Montijo, nos arredores de Lisboa, do outro lado do rio Tejo, em 1969, a menina Dulce Pontes foi introduzida na tradição do fado por seu tio Carlos Pontes, fadista e amante das corridas de touros. Aos sete anos começa a frequentar o Conservatório Nacional de Música em Lisboa sendo o piano o seu instrumento de eleição. Ali desenvolve a curiosidade sobre a matéria e adquire o hábito da pesquisa e do estudo da música, criando bases para o desenvolvimento de uma sólida carreira como cantora e compositora.


Durante a adolescência dedica alguns anos à aprendizagem da dança contemporânea, e apesar de desencorajada a seguir uma carreira como bailarina, manteve-se por dois ainda nos caminhos da dança dando aulas na academia de sua primeira professora, Anabela Gameiro. É também nessa época que forma o grupo de rock “Os Percapita” onde ensaia as primeiras vocalizações amadoras. Os primeiros passos profissionais acontecem quando a jovem cantora é escolhida entre várias candidatas, para substituir a actriz principal no elenco do musical “Enfim Sós”, em 1988. Seguem-se participações em programas televisivos, gravações de spots publicitários e apresentações no Casino do Estoril onde Dulce chama a atenção pela qualidade da voz e interpretações apaixonadas do fado, nessa altura uma tradição à qual os jovens cantores davam pouca importância, e de temas de Shirley Bassey. O reconhecimento público tem início no programa televisivo “Regresso ao Passado”.


Em 1991 obtém o oitavo lugar no Festival da Eurovisão, em Roma, com o tema “Lusitana Paixão”. No ano seguinte edita o seu primeiro disco, “Lusitana”. Em 1993, com o disco “Lágrimas”, Dulce Pontes começa a desenhar um percurso próprio onde, e apesar de ter sido por muitas vezes considerada uma possível sucessora de Amália Rodrigues, (a famosa fadista portuguesa falecida a 6 de Outubro de 1999) o fado é apenas um dos componentes. Nesse disco Dulce apresenta o resultado das primeiras pesquisas nas áreas da música popular portuguesa, de raiz africana, árabe e berbere.


A sua interpretação de “Canção do Mar” fez parte da banda sonora da versão internacional da novela brasileira “As Pupilas do Senhor Reitor”, (1994).A mesma interpretação desta canção de Ferrer Trindade foi o tema principal da banda sonora do filme “Primal Fear”, (A Raiz do Medo), (1996) de Gregory Hoblit, interpretado por Richard Gere e Edward Norton, nomeado para o Óscar de melhor actor secundário, sendo que o sucesso do filme trouxe também reconhecimento internacional para a cantora portuguesa.


Foi assim que a voz de Dulce Pontes cruzou o oceano e passou a ser ouvida nos dois hemisférios. A partir de então vem desenvolvendo a sua carreira em muitos outros países, repetindo o feito da Amália Rodrigues, e de certa forma complementando um trabalho retomado também pelos Madredeus, na divulgação da música cantada em língua portuguesa, ajudando a reabrir caminhos para que outros artistas lusitanos viessem a frequentar cenários internancionais.


O jornalista espanhol Maxi De la Peña atribui a Dulce Pontes a proeza de ter conseguido que os jovens voltassem a apropriar-se da tradição do fado. “Dulce provocou um efeito sociológico sem precedentes. Graças a ela os jovens artistas portugueses começaram e redescobrir o fado, produzindo uma fecunda colheita nestes últimos anos.”


Dulce passa a apresentar-se em digressões internacionais percorrendo Espanha, França, Bélgica, Holanda, Alemanha, Itália, EUA, Japão, Brasil. Uma das consequências dessa abertura de mercado é o convite que lhe faz o compositor italiano Ennio Morricone, em 1995, para interpretar o tema “Brisa do Coração” como parte da sua banda sonora para o filme “Sostiene Pereira” (Afirma Pereira) de Roberto Faenza, com Marcello Mastroianni, rodado em Lisboa. Foi nessa ocasião que Ennio Morricone afirmou que gostaria muito de gravar um disco com a cantora.


A paciência activa é uma das virtudes cultivadas por Dulce Pontes. Enquanto a gravação de um CD com Ennio não acontece, lança mais três discos; “A Brisa do Coração”, (1995), “Caminhos” (1996), e “O Primeiro Canto” (1999). Cada um deles foi o resultado das pesquisas e recolhas que a Dulce fez pessoalmente, e em cada um deles ela foi aumentando e diversificando os artistas colaboradores; músicos, compositores, poetas, orquestradores e arranjadores que tem em comum o facto de serem reconhecidamente dos melhores nos seus diferentes géneros e áreas.


Os convites para parcerias e participações em concertos e gravações sucedem-se. Actua ao lado do italiano Andrea Bocelli, do espanhol José Carreras, da cabo-verdiana Cesária Évora, dos brasileiros Caetano Veloso, Daniela Mercury, Simone e Marisa Monte, do gaiteiro galego Carlos Nuñez, dos irlandeses The Chieftains a convite de Paddy Moloney.


O seu álbum “O Primeiro Canto”, distinguido com o Prémio José Afonso em 2000, que distingue todos os anos o álbum que melhor represente a cultura e história portuguesas, é descrito pelo jornalista e escritor português Miguel Sousa Tavares como uma “fantástica viagem, quase antropológica, às " fontes do som". Dulce Pontes e a sua equipe de produção reinventaram, redescobriram, reconstruíram instrumentos musicais caídos em desuso...”


Enquanto isso a parceria com Ennio Morricone vem sendo construída. Em 2001 Dulce Pontes participa no concerto do compositor no Barbican Centre em Londres, interpretando várias das suas mais famosas canções. Trabalham juntos ainda na Arena di Verona, na Accademia Nazionale di Santa Cecília, e na participação da Dulce num dos temas compostos por Ennio para a co-produção Ítalo – Espanhola “La Luz Prodigiosa”, vencedora do 25º Festival Internacional do Filme de Moscovo.


Em 2003, depois desse período de intenso trabalho e desenvolvimento profissional, o convite do maestro Ennio Morricone concretiza-se. Nos estúdios Fórum em Roma, é gravado o disco “Focus”, onde a intérprete dá voz a temas já famosos do compositor, e a alguns temas criados especialmente para ela. O resultado do trabalho foi apresentado em concerto em salas como o Royal Albert Hall em Londres, a Arena di Verona, o Auditorium Parco della Musica em Roma, o Mazda Palace em Milão, e o Internacional Forum Hall em Tóquio.


Em Junho de 2004 a Câmara Municipal de Lisboa convida Dulce Pontes, Ennio Morricone e a orquestra Sinfonietta de Roma a apresentarem esse concerto, que constituiu um dos pontos altos das festas de verão da cidade desse ano. Sobre este projecto Morricone diz: "Creio que este disco é uma das coisas mais importantes que já realizei com uma cantora. Eu sabia que o resultado final seria um sucesso mas não imaginava que toda a experiência seria tão extraordinária…. A qualidade vocal que Dulce exprime neste disco é muito versátil, muito completa e incrivelmente variada no que diz respeito a todos os aspectos do canto".


Ainda em 2004 Dulce Pontes recebe o Prémio Amigo para a Melhor Intérprete Latina da Associação Fonográfica e Videográfica Espanhola, e o Prémio internacional Tenco 2004 dado todos os anos, pelo Club Luigi Tenco de Sanremo, Itália. Dulce ganha o prémio como “operatore culturale”pela recuperação dos testemunhos de José Afonso e Amália Rodrigues, pela sua interpretação sensível e genuína dentro da melhor tradição musical e poética portuguesas, e pela sua colaboração com prestigiados compositores internacionais. Na cerimónia de entrega do prémio Dulce foi apresentada pelo Clube Tenco como “artífice do fado novo”.


A maturidade artística inquestionavelmente atingida apenas a torna mais activa e curiosa. Continua à procura de parcerias pontuais para projectos especiais, como o encontro “Fado, Tango”, onde Dulce Pontes dividiu o palco do Centro Cultural de Belém em Lisboa com o poeta, recitador e historiador argentino Horácio Ferrer, responsável, em parceria com Astor Piazzolla, por revolucionar a tradição do tango argentino. Sobre a interpretação de Dulce da sua canção “Balada para um Loco”, o poeta declarou: “… Ela recriou-o de tal forma que, pela primeira vez, comecei a aprender coisas sobre a minha própria canção. Esta obra é uma confidência e ela soube interpretar o poeta..."


Paralelamente, prepara o seu novo disco, que se chamará “O Coração tem Portas”, e que vem sendo gravado ao vivo a partir de um concerto em digressão internacional onde a artista retoma a sua eterna paixão e uma nova visão sobre a tradição do fado.


E porque a inquietação e a procura são atributos desta artista que está sempre em busca de novas possibilidades de expressão, Dulce Pontes mostrou no Festival Helénico em Atenas, que em 2005 celebrou seu 50º aniversário, o resultado de seu trabalho com o cantor e compositor grego


Fonte: Site Oficial da Dulce

terça-feira, 1 de abril de 2008

Proxima Emissão dia 10 de Abril

Ora então Bom dia ou Boa tarde ou Boa noite depende da hora que estiverem a ler, venho aqui por este meio informar todos os ouvintes e leitores deste blog que a proxima emissão(a 4ª) irá realizar-se na Quinta-Feira dia 10 de Abril às 20h horário Português.
Como sabem e tem sido hábito, vou falar de uma região ou cidade do nosso Portugal e também falo sempre num(a) cantor(a) português, assim sendo venho por este meio solicitar a vossa ajuda a escolher o Artista Portugues que querem que fale (Relembrando que não estão incluidos os Cantores de musica Pimba) e digam também qual a cidade que gostavam de saber um pouco mais, como sabem há muito por onde falar...
Como podem fazer isso??
É facil podem fazer de três maneiras que são:
Comentando aqui neste post;
Enviando um Email para sonsdealmalusitana@gmail.com
e por fim nas minhasemissões semanais, é só irem ao msn da rádio e dizerem.
Como veem não custa nada.
Obrigado